sexta-feira, 27 de março de 2009

ABRAÇO À NATUREZA - IV

Panorâmica da seara. Ao fundo vê-se a igreja, de estilo românico, um dos ex-libris do concelho.
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Duas e meia da tarde. O calor faz-se sentir, e de que maneira, mas nem esse facto mexe com o ânimo da nossa maltinha, que está desejosa de ir espreitar o estado da seara, semeada em Novembro (ver post SEMEAR A ESPERANÇA, de 19 de Novembro), no âmbito do Projecto "Ciclo do Pão".
Damo-nos conta, mais uma vez, da vida e do colorido que transportamos connosco ao atravessarmos a zona antiga da aldeia, motivando a ida à janela de várias pessoas, que ficam a observar-nos com um ar sorridente. Sortilégios da infância.
Quando chegamos ao local da seara ouvem-se alguns "oh!" de espanto. A seara está crescidota, apesar de não chover há já algum tempo. Muitos comentários, algumas perguntas, mas acima de tudo uma convicção: o prazer de sentir que fazem parte de uma ideia, de um projecto, o qual é traduzido ali, in loco, na imagem da seara. Há algo ancestral dentro de nós que "mexe" com as questões ligadas à terra...
Entretanto ainda há tempo para plantar, nos terrenos circundantes, uma amoreira que tínhamos levado connosco. Uma pequena prelecção, intervenções dos alunos, tudo em tons harmónicos com a Natureza.
Regressamos à escola e, mais uma vez, deixamos um rasto de vida e esperança atrás de nós...
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Nota: Todas as árvores que plantámos ao longo do dia foram-nos fornecidas pela Junta de Freguesia de Aldeia de Joanes, que nos tem apoiado em mil e uma iniciativas.
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ABRAÇO À NATUREZA - III

As nossas auxiliares têm sido preciosas para o bom funcionamento das actividades da escola.
Hoje, como não podia deixar de ser, quando fomos plantar as árvores contámos também com o seu contributo.
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A Teresa a aprofundar a cova para uma árvore...

...e a Ana Maria junto do freixo.

Para regar as árvores deram-nos autorização para nos servirmos de um tanque cheiinho de água, situado nas imediações. Por uma questão de segurança o espaço encontra-se vedado e, por mais que procurássemos, não encontrávamos uma entrada. Às tantas a Teresa não esteve com meias medidas e saltou mesmo a cerca. Ah, mulher!!!

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ABRAÇO À NATUREZA - II

Educar no respeito pela Natureza, para além dos conceitos teóricos, implica também levar à prática gestos e atitudes.
Depois de plantarmos a cerejeira, os carvalhos, os loureiros, os medronheiros e o freixo, passámos pelo recinto de recreio do edifício da Associação e colocámos uma rede protectora em volta de um pequeno pinheiro, que se começava a ressentir do impacto de uma ou outra bolada das jogatanas dos nossos alunos.
Prevenir é preciso.
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ABRAÇO À NATUREZA - I

Para hoje a nossa escola programou uma série de actividades ligadas à Natureza.
Logo a partir das nove e meia dirigimo-nos para um terreno situado junto do edifício do Jardim de Infância, de pertença da Junta de Freguesia, onde plantámos uma série de árvores:

uma cerejeira...

...carvalhos...

...loureiros e medronheiros...

...e ainda um freixo, que ficou numa zona mais húmida.

Logo, se tudo correr como o planeado, vamos fazer uma visita à nossa seara, que foi semeada no princípio de Novembro. Aproveitaremos ainda a visita para plantar no local uma amoreira.

O dia de hoje vai mesmo ser um longo abraço à Natureza.

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quinta-feira, 26 de março de 2009

DE MÃOS DADAS

Uma mãe conta que o seu filho mais novo - com a curiosidade de quem ouviu uma nova palavra mas ainda não entendeu o seu significado – lhe perguntou:
- Mãe, o que é a velhice?
Na fracção de segundo antes da resposta, a mãe fez uma verdadeira viagem ao passado. Lembrou-se dos momentos de luta, das dificuldades, das decepções. Sentiu todo o peso da idade e da responsabilidade nos seus ombros. Voltou a olhar para o filho que, sorrindo, aguardava uma resposta, e disse-lhe:
- Olha para o meu rosto, filho - disse ela. - Isso é a velhice.
E imaginou o filho vendo as rugas e a tristeza nos seus olhos. Qual não a foi sua surpresa quando, depois de alguns instantes, o menino respondeu:
- Mãe! Como a velhice é bonita!

Autor desconhecido
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Ontem tivemos uma manhã diferente das outras: os idosos do Centro de Dia vieram fazer uma visita à nossa escola para festejarmos a chegada da Primavera.
Para os receber juntámo-nos com a turma do 4.º ano no salão. Fomos nós que começámos a apresentar as surpresas: dissemos, em coro, a lengalenga "O copo gerbicopo". Em seguida, alguns alunos do 4.º ano tocaram nas suas flautas o "Alecrim" e a "Oliveira da Serra".
Os idosos cantaram para nós "As pombinhas da Catrina", "O cuco" e "A Primavera". Também leram poesias sobre a Primavera que traziam em dois cartazes.
No final, os idosos ofereceram presentes feitos por eles: garrafas pintadas e cheias de areia colorida e vasos com prímulas, amores-perfeitos e gladíolos.
Foi uma manhã muito divertida!


Texto: alunos do 2.º ano

quarta-feira, 25 de março de 2009

OVO ENGARRAFADO

As sessões do Projecto "Cantinho da Ciência" estão de regresso. Hoje de manhã (edifício velho) e à tarde (edifício da Associação) os nossos alunos foram confrontados com um desafio/enigma: como meter um ovo dentro de uma garrafa, cujo gargalo é mais estreito que o ovo?

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.......Um ovo cozido e descascado
.......Uma garrafa vazia
.......Algodão
.......Álcool
.......Fósforos ou isqueiro
.......Pinça
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.......Procedimento:
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1 - Utilizando a pinça, deitar o algodão embebido em álcool a arder para dentro da garrafa.
2 - Pousar rapidamente o ovo cozido em cima do gargalo.
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.......O que acontece?
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O ar, como todos os gases, quando é aquecido dilata-se, passando a ocupar um volume maior do que o inicial.
Depois, o ovo no gargalo funciona como uma tampa estanque. Assim, a quantidade de ar que está dentro da garrafa já não se pode alterar.
Quando o algodão se apaga, o ar começa a arrefecer.
O ar aquecido ocupou um volume maior, expandiu-se... mas, ao arrefecer, contrai-se, passando a ocupar um volume menor. Esse vácuo pressiona o ovo, que tem tendência a ocupar o espaço deixado pelo ar e cai para dentro da garrafa.






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Na primeira sessão o ovo caiu com tal impacto dentro da garrafa que, tal como se vê na imagem, abriu.
Já na segunda sessão o ovo "foi mais comedido" e, quando entrou na garrafa, ficou inteirinho.
Resta dizer que as sessões foram dirigidas pela prof.ª Margarida e que, tal como era expectável, os nossos "cientistas" adoraram a experiência.
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terça-feira, 24 de março de 2009

GOOOOLO!!!

A bola saltita no recinto do recreio.
O Duarte corre que se farta para chegar junto da cobiçada redondinha, mas os mais velhos são mais rápidos e chegam sempre primeiro. Ele bem se esforça, mas a bola foge, parece que está zangada com ele.
De repente, qual presente inesperado dos deuses, a bola aparece mesmo à sua frente. Parece que lhe está mesmo a dizer "Chuta-me, depressa!". O Duarte não se faz rogado a tão inesperado ensejo e, quase sem saber como, levanta o pé direito e remata com toda a força. A bola, impulsionada pelo desejo de mil glórias, dirige-se para a baliza. O João Franco, o guarda-redes, bem tenta segurá-la, mas nada pode deter a força de tanta convicção.
- Goooolo!!!
O contentamento do Duarte vem-lhe do mais fundo de si mesmo. Aquele momento é dele, só dele, e manifesta-o de forma exuberante.
No fim do intervalo o Duarte entra na sala, todo transpirado, ainda a gozar o seu momento de glória. Feliz como só uma criança pode ser.
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segunda-feira, 23 de março de 2009

UMA BOA IDEIA

Há tempos, a propósito da Semana da Leitura, demo-vos conta (ver post "O LENTO ESBOROAR DO MURO, de 10 de Março) da colaboração prestada por alguns familiares dos nossos alunos nessa actividade. Uma das pessoas que colaborou foi Fátima Felício, avó do João Pedro Alves, que veio contar à turma do 1.º ano a fábula "A Garça e a Raposa". No final da sessão, e a propósito do tipo de trabalho a desenvolver na exploração da história, a Fátima aventou a hipótese de se poder fazer um livro. A proposta foi bem recebida, e partiu-se para a acção.
Começou por se distribuir a cada aluno uma folha onde, devidamente dactilografada, constava uma parte da história. Depois, com o devido cuidado e empenho, cada aluno ilustrou a parte da história que lhe coube em sorte. Ultrapassada com sucesso esta fase, a Fátima passou pela escola para recolher os trabalhos, e levou-os para encadernar.
Passados poucos dias apareceu-nos na escola com o produto final. O resultado, como se vê nas imagens, foi deveras satisfatório. Os nossos caloiros adoraram ver o seu trabalho, e a nossa biblioteca ganhou mais um livro.
Ora digam lá se não foi uma boa ideia?!
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sexta-feira, 20 de março de 2009

É PARA TI, PAI!




















Alguns trabalhos elaborados pelos nossos alunos para o Dia do Pai.


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ESCOLA, ESPAÇO DE AFECTOS

Muito se tem falado de educação nos últimos tempos, até porque se prevêem grandes mudanças para o sector. Independentemente da bondade ou não dos novos conceitos, há uma coisa que qualquer escola digna desse nome se não deve escusar a tentar implementar: que seja um espaço de afectos.
Vem isto a propósito do miminho com que ontem fui presenteado pelos alunos do 1.º ano, que me ofereceram a moldura que se vê na imagem, onde me representaram junto dos meus filhos. Obrigado, amiguinhos!
Também alguns dos meus alunos me mimaram com pequenos textos, expressões afectuosas que muito me tocaram. Obrigado a todos. Com pequenos gestos se avivam as cores da vida.
Para além disso, e noutro contexto, que dizer das amizades que se fazem na escola, e que perduram uma vida inteira? Amizades construídas, enquanto se cresce quase sem se dar conta, em aprendizagens e brincadeiras partilhadas, temperadas aqui e ali com zangas e abraços.
Escola, território de afectos...
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quinta-feira, 19 de março de 2009

QUERIDO PAI

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Ver-te é uma alegria para mim
Amo-te
Lembrar-me de ti é muito bom para mim
Tolice é o que tu tens e eu adoro
Es engraçado
Rir contigo é muito bom
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Meu amor por ti é
Astronómico
Não gostas que eu faça disparates
Um dia vou crescer
E irás rir-te das
Loucuras da minha infância
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Mas para mim és um homem
Inteligente
Lindo
Hoje é um dia muito importante
E quero passá-lo contigo, pois é
Importante para mim
Receber o teu amor
Orgulho-me de ti
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Faço de tudo para te agradar
Imagino-te daqui a alguns anos, um
Lindo velho
Impaciente com a passagem dos dias
Pois no fim de contas
Eu gosto muuuuito de ti
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Ângela Filipe - 3.º ano
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quarta-feira, 18 de março de 2009

NOTA PESSOAL

Desenho de Adriana Pereira - 3.º ano

Há momentos da nossa vida em que, não se sabe como, somos levados a um exercício de viagem ao passado, a um reviver do caminho percorrido.
Hoje, quando abri a porta da sala de aula, deparei-me com um coro entusiasta a cantar "Parabéns a você...". Os meus alunos, avisados sabe-se lá por quem (desconfio que...) começaram o dia a despertar emoções dentro de mim, que me conduziram ao tal exercício de avaliação dos encontros e desencontros da minha vida.
Pois é, o tronco da minha árvore já suporta o peso de 53 translações. Apesar de já ter visto muita coisa, assistido a muita mudança (muitas das quais para ficar tudo na mesma) lembro-me, como se fosse hoje, dos meus tempos de pardalito numa aldeia das faldas da Serra da Estrela, a descobrir o mundo saltando de pedra em pedra, a trepar às árvores, a mergulhar nas águas da ribeira com o fato com que vim ao mundo, das brincadeiras sem fim nas tardes cálidas de Verão; da minha vinda para o Fundão, onde concluí o ensino primário; da adolescência misturada entre livros (de toda a espécie, sem critério) e futeboladas sem noção das horas; do baptismo de professor na ilha da Madeira; da procura intelectual por Lisboa, onde deixei, prematuramente, os meus cabelos ondulados; o apaziguador regresso à Beira, onde me recompus com a vida e comigo próprio; o nascimento dos meus dois filhos, a luz inovadora do quarteto que é a minha família...
Transversal a tudo isto, a escola, sempre a escola. E, quase sem me dar conta, estou prestes a completar 30 anos de docência, espaço de tempo povoado por muitos rostos, muitos sorrisos, muita esperança. Que será feito do Eusébio, da Susana e do João Olim, que faziam parte do grupo dos meus primeiros alunos, e que calcorreavam os caminhos da Marinheira, um pouco mais acima do Estreito de Câmara de Lobos? E de todos os outros que se seguiram?
Sinto-me bem a olhar para trás, munido da convicção de que ser professor é uma coisa sagrada. A escola, para além das aprendizagens que proporciona, é um local de partilha por excelência, onde se trilham com convicção os caminhos da esperança.
Mas muita coisa mudou. O presente é de alguma convulsão, com a classe a ser confrontada com novos e grandes desafios. Por vezes a crispação acentua-se, provocada por insensibilidades a questões muito delicadas. Mas, apesar de tudo, continuo a sentir a adrenalina a subir quando entro na minha sala de aula. E, isso, ninguém me pode tirar.

Agostinho Craveiro

DIREITOS DO LEITOR

Segundo Daniel Pennac (1993), existem dez direitos fundamentais que devemos permitir-nos como leitores. Esses direitos também devem ser concedidos aos pequenos leitores, em vez de lhes serem negados, se desejarmos que a leitura seja para eles um verdadeiro prazer e um acto motivador.

Direito a não ler
Se este direito não existisse, também não existiria o seu contrário, porque se trataria de uma imposição, de um dever. E «a liberdade de escrever não pode ser acompanhada do dever de ler». Em todo caso, um bom educador deveria proporcionar aos seus alunos «os meios de julgar livremente se sentem ou não a necessidade dos livros».

Direito a saltar páginas
Sempre será melhor do que renunciar à leitura de outras páginas que possam ter mais interesse. Saltar partes de um livro que não nos atraem não nos deve parecer uma traição.
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Direito a não terminar um livro
Qualquer motivo, por pequeno que seja, é suficiente para abandonar a leitura de um livro. Haverá sempre outros livros à espera.
As crianças deverão entender que não têm que se sentir inferiores por não compreenderem certo tipo de livros ou porque certas leituras não os atraem, inclusive dos mais velhos. É simplesmente uma questão de gostos.

Direito de reler
Reler pelo simples prazer de nos recriarmos naquilo que mais nos atraiu, pelo facto de nos reencontrarmos com o que nos encantou e «nos encantarmos com o que permanece».

Direito a ler qualquer coisa
Primeiro, porque sobre gostos não há nada escrito e, em segundo lugar, porque apenas assim terão critérios de selecção e serão capazes de proporcionar a si mesmos uma boa leitura e recriar-se com ela.

Direito ao bovarismo
Baseia-se na personagem da madame Bovary e consiste em permitir dar rédea solta às sensações e sentimentos que surgem quando lemos, isto é, deixar que a imaginação brote, que o coração se acelere e que se produzam até identificações com os personagens.

Direito a ler em qualquer lugar
Aqui não são necessários comentários nem explicações.

Direito a folhear
A abrir um livro em qualquer página e «desaparecermos dentro dele um momento porque apenas dispomos precisamente desse momento».

Direito a ler em voz alta
Para que as palavras revivam, pelo prazer de as ouvir ressoar, para identificar o sabor do seu som, para lhes dar corpo.

Direito a calarmo-nos
A não dar opinião sobre o que lemos. A guardar silêncio para não se saber o que realmente compreendemos ou o que nos escapou. A ficarmos com tudo ou talvez com coisa nenhuma.


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terça-feira, 17 de março de 2009

UNS ÓCULOS PARA A RITA


"Uns Óculos para a Rita", como sugere o próprio título, parte de um problema singular de carácter realista que a autora resgatou ao quotidiano ou ao mundo infantil: as dificuldades de visão de uma menina que acaba por ficar feliz por ter de usar óculos.
Esta história de Luísa Ducla Soares coloca o pequeno leitor, em primeiro lugar, na pista do mistério de Rita, que calca incompreensivelmente as formigas no jardim, que não vê as pintinhas nos "is" e que não encontra no chão um botão que caiu do seu casaco novo. A Rita «de vez em quando tira os óculos para se lembrar como o mundo era antes, mas por pouco tempo, porque com eles tudo é muito mais bonito.»
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"Uns Óculos para a Rita" é a obra que, neste momento, a prof.ª Ana Cristina Pacheco anda a trabalhar com os alunos do 1.º ano no âmbito do projecto "Um Livro, Um Tesouro". Como sempre, com um elevado grau de participação.
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segunda-feira, 16 de março de 2009

MAGALHÃES: QUE FAZER?

Pelas mais diversas razões, e não se enquadra no perfil deste espaço estar aqui a discuti-las, o computador Magalhães não tem deixado ninguém indiferente.
Num processo que obrigou à resolução de diversos problemas (a empresa distribuidora, por exemplo, não possuía registos de algumas inscrições) na Escola de Aldeia de Joanes os computadores já foram, praticamente, todos entregues. Apesar do entusiasmo dos nossos pequenotes, aliás bem compreensível devido ao alarido que tudo isto provocou, a nós, aos professores, põe-se-nos a questão: que fazer com o Magalhães?
A questão é pertinente, já que a distribuição de computadores se cingiu aos alunos, não havendo conhecimento que qualquer professor ou escola os tenha recebido. Por outro lado, os professores ainda não tiveram qualquer formação acerca do Magalhães, o que os impede de tirar o melhor proveito das suas ferramentas. Que fazer, então?
Perante todas estas condicionantes, na nossa escola resolveu utilizar-se o bom senso na abordagem desta questão. Na turma do 3.º ano, por exemplo, os alunos apenas levam o Magalhães para a escola às sextas-feiras. Em conjunto vão-se explorando as diversas possibilidade do pequeno computador, de acordo com os conhecimentos do professor e de algumas dicas "pescadas" aqui e ali... Depois, quando a formação se processar, outro galo cantará.
Na passada sexta-feira tivemos a primeira sessão. Explorou-se, essencialmente, a diciopédia, tendo-se feito algumas pesquisas ligadas aos astros, o tema que neste momento está a ser tratado na área de Estudo do Meio.
Na próxima sessão iremos tentar explorar outra vertente do Magalhães, e alguma coisa de útil se há-de fazer. Sem dramas.
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sexta-feira, 13 de março de 2009

O DIOGO E OS OUTROS

O ser humano não é uma ilha. Vive em articulação com os outros e, desde muito cedo, aprende os esquemas sociais que lhe permitem harmonizar as suas vivências com as dos demais. Olhar para nós próprios e saber como os outros nos vêem poderá ser um exercício interessante, proporcionador de contributos para a efectivação de alguns ajustes. Vejamos o caso do Diogo: como se vê a si próprio e como os colegas o vêem.
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..........ELE...
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Quem está na imagem sou eu, o Diogo, e fiz 9 anos.
Agora estou mais alto, mais velho, mas espero que com 9 anos tenha mais juízo! De vez em quando sou disparatado, tontoreco e muitas outras coisas, e às vezes o meu professor tem que me chamar a atenção.
Há tempos, quando estava no parque, eu caí do baloiço e fiquei KO, fiquei com a cara esfolada no lado direito. Doeu-me tanto! Nunca mais vou voltar a fazer aquilo, juro pela alma do meu coração.
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Diogo Cardona - 3.º ano
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.............E OS OUTROS
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O Diogo é brincalhão, trapalhão e às vezes joga futebol.
Usa óculos cor-de-laranja e azul bebé. É muito simpático e engraçado. Parece um palhaço vindo directamente do circo do Fundão.
Agora já tem 9 anos!!!
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Micaela Amaral - 3.º ano
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O Diogo Cardona é muito brincalhão. Nos escuteiros ele é o animador do grupo
Há dias em que ele faz disparates, mas nos outros dias é amigo.
Ele e o Daniel são muito amigos. Quando vão para o intervalo eles dizem sempre:
- Sai tu primeiro.
- Não, sai tu.
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Henrique Silva - 3.º ano
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O Diogo é...
......Engraçado
..........Aparvalhado
...............Convencido
....................Brincalhão
.........................Giro
..............................Esperto
...................................Estiloso
........................................Magro
.............................................Elegante
..................................................Palhaço
.......................................................Desastrado
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Beatriz Esteves - 3.º ano
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quinta-feira, 12 de março de 2009

OS TRÊS REIS DO ORIENTE

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«Celebrei com os livros um pacto que nunca diminuiu de intensidade. Os livros invadiram a minha casa e a minha vida, roubando-me espaço mas proporcionando-me infinitas alegrias».
(José Jorge Letria)

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Após ser vencida a batalha do gosto pela leitura, a criança deve ser levada a iniciar-se, duma forma natural e sem pressões, na criação de esquemas das leituras feitas, que denotem, entre outros aspectos, a apreensão global do texto.
Este trabalho do Carlos, elaborado num formato simples, poderá ser disso um exemplo.

Título: Os Três Reis do Oriente
Autor: Sophia de Mello Breyner Andresen
Ilustrador: Fedra Santos
Editora: Figueirinhas
.Enredo: Esta história fala do longo percurso que tiveram de seguir Gaspar, Melchior e Baltasar.
Cada um percorreu um caminho diferente, mas todos eles chegaram à conclusão que para encontrar Jesus teriam de seguir a estrela que aparecia no céu.
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quarta-feira, 11 de março de 2009

PEQUENOS SINAIS DE ESPERANÇA

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Segunda-feira, perto das cinco e meia da tarde.
Os alunos saem da sala, após mais uma maratona de aulas, iniciada às nove da manhã. Cá fora as funcionárias dos diversos Tempos Livres aguardam, impacientes, pois ainda têm que passar por outras escolas. Alheia a tudo isto, a Ângela aproxima-se de mim e diz-me, contente:
- Hoje o meu pai faz anos!
- Então não te esqueças de lhe dar um miminho.
- Eu dou-lhe miminho todos os dias, professor!
E a Ângela vai-se embora, satisfeita, enquanto as suas palavras ressoam dentro de mim. Apesar do cansaço, os problemas do mundo tornam-se minúsculos e a luzinha do meu detector de pequenos sinais de esperança começa a piscar, devolvendo-me alguma da energia dispendida durante o dia.
Quando cheguei a casa, a luz daquela pequena pérola ainda brilhava.
É por esta e por outras que, apesar de tudo, continuo a adorar ser professor. Quando não existirem sinais de esperança numa sala de aula, por onde é que eles andarão?
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terça-feira, 10 de março de 2009

O LENTO ESBOROAR DO MURO...

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Educar não é fácil.
O percurso é muitas vezes sinuoso, com a dúvida, qual sinal de alerta constante, de braço dado permanente com a melhor das nossas vontades e convicções. Mas, como dizia Torga, a dignidade está no tentar, tentar sempre…
Para se pretender chegar a bom porto é necessário definir rumos, partilhar estratégias, conjugar vontades, tendo sempre como pano de fundo as duas principais instituições na vida das crianças - a escola e a família - que muito têm a ganhar se souberem articular-se, desde que cada uma saiba respeitar o papel da outra.
Na semana passada, a Semana da Leitura foi pretexto para trazermos à escola alguns familiares dos nossos alunos, acontecimento que, para além do benefício óbvio da partilha, é sempre propiciador do estreitamento de laços entre as duas instituições.
Estiveram connosco Fátima Felício, avó do João Pedro Batista, que contou à turma do 1.º ano a história “A Garça e a Raposa”; Carla Rocha, mãe do Pedro Rocha, que leu a obra “A Menina Que Dormia a Sorrir”, de Isabel Zambujal, às turmas do 2.º e 3.º anos; e Laura Correia, avó da Ana Luísa e do António Correia, que apresentou à turma do 4.º ano a história “João Feliz”.
Os miúdos adoraram. Mas, mais importante que isso, foi o passo dado para o esboroar de mais um pouco do muro que ainda nos vai separando.
No fundo, muitos dos contributos mais importantes manifestam-se assim, discretos, para lá dos olhares das coisas óbvias. Obrigado.
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segunda-feira, 9 de março de 2009

BIBLIOPAPER NA BECRE

Na sexta-feira nós fomos à biblioteca do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha. Fomos a pé, foi muito divertido.
Antes nós formámos grupos. O meu chamava-se "Os Invisíveis" e era formado por mim, pela Adriana, pela Beatriz Esteves, pelo Rui e pelo Pedro Soares.
Quando chegámos à BECRE fomos recebidos por uma senhora chamada Rosa. A senhora Rosa era muito simpática!
No princípio da actividade deram-nos umas folhas com várias tarefas para nós cumprirmos. O primeiro grupo a preencher tudo, ganhava.
O meu grupo começou a trabalhar a toda a força. Tivemos que apontar os temas da bilioteca, consultar enciclopédias, procurar livros e requisitar um livro. Houve uma parte, que era quase no fim das fichas, em que o Pedro Soares só corria pela BECRE à procura dos livros indicados.
Quando chegámos à última tarefa ainda ninguém tinha acabado. O Pedro Soares estava em pulgas. Mas chega o momento e o meu grupo diz:
- Acabámos!
E ganhámos.
Gostei tanto da experiência, foi espectacular!
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Texto: Inês Barroso - 3.º ano
Fotos: Luís Pinto - BECRE
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sexta-feira, 6 de março de 2009

A ÁRVORE DA LEITURA

De entre as múltiplas actividades (ufa!) desenvolvidas pela nossa escola na Semana da Leitura, ao longo da semana fomos construindo, em crescendo, a nossa Árvore da Leitura.
Recortámos folhas, flores e rectangulozinhos em cartolina;
Seleccionámos diversos livros da nossa biblioteca e dos baús da BECRE; Reproduzimos as capas dos livros nos rectângulos de cartolina;
Finalmente, hoje pendurámos as folhas e os frutos (livros) na nossa árvore, a ÁRVORE DA LEITURA.
Ficou linda!
Na verdade, a árvore não é uma, são duas. Como a nossa escola funciona em dois edifícios, houve necessidade de fazer a Árvore da Leitura em dose dupla. Mas, depois do trabalho feito, digam lá que as árvores não ficaram uma delícia?!

PS - Para além da conclusão da Árvore da Leitura, hoje também estiveram na nossa escola vários familiares de alunos, que nos encantaram com a leitura de várias histórias. E, confesso que não sei como, ainda sobraram umas energiazitas para uma das turmas visitar a BECRE do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, onde participou num bibliopaper.

Para a semana contamos como foi.

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quinta-feira, 5 de março de 2009

ERA UMA VEZ...

A Semana da Leitura tem sido bastante preenchida na nossa escola.
Na segunda-feira, por exemplo, a nossa colega Margarida, a prestar apoio educativo nesta escola, chamou a si a tarefa de ler histórias em todas as turmas. Para isso seleccionou os seguintes livros:
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1.º ano - “A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça”
..........Um belo dia, quando saía de um monte de terra, mal a toupeira pôs a cabeça de fora para ver se o Sol já tinha nascido, aquilo aconteceu! (Era redondo e castanho, um pouco semelhante a um chouriço, e, pior do que tudo, caíra-lhe mesmo em cima da cabeça.)
Uma história marcada por momentos hilariantes.
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2.º ano - “A Biblioteca do Avô”
..........Nimbo vivia numa aldeia que ficava no meio de uma grande planície. Aprendeu a ler num abrir e fechar de olhos, mas andava sempre com a cabeça nas nuvens, devido às histórias fantásticas de lugares distantes que o avô lhe contava.
Um dia descobriu o baú onde o avô guardava os livros e...
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3.º e 4.º anos - "A Pequena Estrela"
..........Esta maravilhosa aventura começa quando a pequena Estrela toma coragem e rodopia até chegar à Terra. No Lugar dos Grandes Corações, conhece a Árvore da Sabedoria, que lhe ensina coisas preciosas e lhe dá a conhecer mundos que nunca sonhou existirem...
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Os pequenotes ouviram e aplaudiram, pois a boa selecção das obras e a forma como foram lidas assim o justificavam. Com encanto me encantas...
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