terça-feira, 24 de junho de 2008

AS IMAGENS DA FESTA

A festa do Ciclo do Pão, efectuada no passado sábado, encerrou as actividades da nossa escola no presente ano lectivo.
Se algo há a salientar, para além do brilho da mesma, foi a coesão demonstrada pelos diversos intervenientes da comunidade educativa: pais, Junta de Freguesia e escola, que mostraram a quem quis ver que, desde que as pessoas queiram, tudo pode acontecer.
Para além da Junta de Freguesia, de quem já conhecíamos o empenho e a eficiência, há que destacar o grupo de pais que se voluntariou para ajudar na festa. Trabalharam que se fartaram e nunca lhes vi um ar de desânimo. Um muito obrigado do fundo do coração!
Também as auxiliares da escola e as funcionárias dos Tempos Livres deram o seu precioso contributo, revelando discrição e eficácia, como convinha. Muito bem!
Na festa propriamente dita aconteceram momentos muito altos. Registo, de memória, para além dos momentos musicais, os quadros da ceifa, da malha e do cozer do pão. Para isso foi determinante o contributo do Grupo de Cantares de Aldeia de Joanes, verdadeiro paladino na defesa dos valores culturais do seu rincão natal.
A ideia do Ciclo do Pão é magnífica, e tem potencialidades para, no futuro - e desde que assim o queiram - se tornar num evento de grande atracção para muita gente. Mas é cedo para falar disso. Para o ano, depois de um merecido descanso, cá estaremos para o que der e vier.


Sábado de manhã, bem cedinho, começou a tratar-se do "pitéu"

À tarde, por volta das 18h, a caminho da festa


Avós e neta: a passagem de valores ancestrais está assegurada

No forno a D. Rosa encarregou-se de cozer o pão

O convívio de gerações


A ceifa foi um dos momentos altos da festa

Transporte do trigo para a eira

Na eira a preparar o cereal para a malha

A malha. Fooorça!!!

Hora de saciar o estômago

O Grupo de Cantares da Escola Secundária no aquecimento

À noite, ao som das vozes do Grupo de Cantares de Aldeia de Joanes, projectaram-se as imagens gravadas nesta aldeia por Michel Giacometti nos anos 60


A música fluía. A noite estava agradável e, ao fundo, as velhas pedras da igreja ajudavam a compor um cenário encantador.


Um obrigado muito especial ao Zé Adelino pela cedência de algumas imagens.


segunda-feira, 23 de junho de 2008

FRANCISCO ALEXANDRE, O LUTADOR

O Francisco Alexandre frequentou, durante o presente ano, o 4.º ano de escolaridade. É uma criança com um mundo interior bastante rico, mas evidenciou sempre, desde o início da sua vida escolar, uma grande dificuldade em comunicar com os outros. À medida que o tempo passava foi conseguindo criar alguns laços, mas o essencial continuava resguardado na sua concha. Até que...
Há tempos, o Francisco Alexandre disse à sua professora que andava a ensaiar uma peça com um psicólogo. O desafio surgiu, célere:
- Não achas que seria boa ideia representá-la para os teus colegas?
O Francisco nada disse. Mas deve ter ficado a matutar na ideia, pois há poucos dias, ao chegar à escola, comunicou à professora que estava disposto a representar a peça. Já havia pouco tempo disponível, e marcou-se o evento para o último dia.
Sexta-feira, depois do almoço, o Francisco chegou à escola acompanhado pelo pai e pelo Paulo, o seu psicólogo. Depois de lhe ser disponibilizado o espaço pretendido, começou a montar, pacientemente - o Francisco Alexandre fracturou um braço há pouco tempo - o cenário da sua peça. Os colegas foram convidados a entrar, sentaram-se, e aguardaram com alguma expectativa o que sairia dali.
O Francisco Alexandre estava um pouco nervoso. Ser o centro das atenções estava a mexer muito com ele, mas notava-se-lhe também uma grande determinação. Ele estava disposto a vencer a sua luta.
O Paulo fez a introdução, explicando aos alunos como surgiu a ideia daquela peça, que a ideia tinha sido do Francisco Alexandre e tinha sido também ele a construir, praticamente sozinho, o cenário.
Então o nosso pequeno grande herói começou a sua luta. Foi contando, socorrendo-se de vários bonecos, a história de dois amigos. Os colegas ouviam-no, num misto de admiração e espanto. De vez em quando hesitava, mas o feedback era positivo. E o Francisco continuava. A sua determinação era grande e, sempre lutando consigo próprio, avançou na história, avançou, avançou, até que pronunciou a última frase:
- E os dois amigos viveram felizes para sempre!
O Francisco estava na expectativa. Será que os colegas tinham gostado? Os aplausos que ouviu logo de seguida vieram desanuviar-lhe o espírito, tranquilizando-o.
Mas o Paulo queria mais. Queria que o Francisco fosse confrontado com o seu desempenho, que enfrentasse as possíveis questões dos colegas. E, como se de um acto concertado se tratasse, quase todos queriam fazer perguntas. Via-se que estavam curiosíssimos por saber mais pormenores da empreitada do Francisco.
O Paulo pôs alguma ordem na assembleia, e as perguntas começaram a surgir. O Francisco ia iniciar a sua derradeira batalha, enfrentar uma sala com quarenta pessoas com os olhares todos concentrados em si.
Numa ou outra pergunta o Francisco ainda hesitou mas, a pouco e pouco, a sua segurança aumentava. A sua convicção nas respostas era cada vez maior, ciente que tinha conquistado os colegas. Contou-lhes dos materiais que tinha usado, das técnicas aplicadas... Estes, rendidos, olhavam-no num misto de admiração e ternura. E ouviram-no dizer, no final, que quando fosse grande gostaria de ser escultor.
A vitória tinha sido arrasadora!
Francisco Alexandre, mais um pequeno grande herói para a minha galeria!

LEITORES DO TRIMESTRE

1.º ano

2.º ano

3.º ano

4.º ano

No final de mais um ano lectivo, desperta em nós um sentimento de enorme satisfação ao fazermos o balanço do projecto "UM LIVRO, UM TESOURO".
A aquisição de hábitos de leitura está consolidada na maioria dos nossos alunos, fazendo com que a requisição de livros se tornasse uma rotina na nossa escola. Para termos uma ideia da dimensão do processo, registe-se que, durante o presente ano lectivo, foram requisitados 1023 livros. É obra!
Entretanto, e como é habitual no final de cada período, demos destaque aos maiores leitores de cada turma. E desta vez os premiados foram:

Leitor do trimestre (oferta de um livro)

1.º ano
Tânia Sofia Cerdeira Mendes
2.º ano
Filipa Margarida Gaudêncio Braga Correia
3.º ano
Ana Luísa Mascate Leitão Correia
4.º ano
José Pedro Domingues Cerdeira

Menções honrosas (Diploma)

1.º ano
Beatriz Barata Pereira, Beatriz Marcelo Ramos, Margarida de Ascensão Filipe Monteiro Alves e Tiago Sousa Gomes
2.º ano
Laura Martins Almeida, Adriana Ramos Pereira e Beatriz Sofia Gaudêncio Braga Correia
3.º ano
Fernando José Mateus Marcelo, Filipe José Dinis Domingues e Mariana Godinho Costa
4.º ano
Afonso Miguel Pereira Duarte, Bruno Almiro Parreira, Micael Leal Matias e Simão Paulo da Gama Castel-Branco Brito

Desejamos a todos umas férias com boas leituras e... até para o ano!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

EM BUSCA do Pavilhão DO CONHECIMENTO com passagem no PLANETÁRIO Calouste Gulbenkian

Os dias de visita de estudo são sempre diferentes. Os alunos aderem de imediato, soltam-se mais, e alguns entusiasmam-se de tal modo que é necessário refreá-los um pouco. Mas o clima é de festa permanente.
O ambiente da partida também é muito interessante. Ontem, às 6:30, lá estavam os pais dos cerca de oitenta alunos participantes, tentando que os seus filhotes prestassem atenção às últimas recomendações. Estes, contudo, já só pensavam em entrar no autocarro o mais rapidamente possível, dando início à aventura. E, entre os últimos acenos dos pais (fica sempre uma angustiazinha na hora da partida) lá fomos em busca do nosso objectivo.
O dia esteve bastante quente, o que veio condicionar um pouco a forma de estar de todos nós. Mas nem isso beliscou significativamente as visitas ao Pavilhão do Conhecimento e ao Planetário Calouste Gulbenkian, que nos proporcionaram agradáveis momentos de aprendizagem em interacção.
Na visita ao Pavilhão do Conhecimento, e tendo em conta a eficácia da acção, o grupo foi dividido em dois. Tínhamos planeado uma reportagem que contemplasse os dois grupos de forma equilibrada, mas uma máquina fotográfica falhou e não quis colaborar. Fica, portanto, o registo possível, pedindo desculpa aos nossos visitantes pelo sucedido.