terça-feira, 10 de março de 2009

O LENTO ESBOROAR DO MURO...

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Educar não é fácil.
O percurso é muitas vezes sinuoso, com a dúvida, qual sinal de alerta constante, de braço dado permanente com a melhor das nossas vontades e convicções. Mas, como dizia Torga, a dignidade está no tentar, tentar sempre…
Para se pretender chegar a bom porto é necessário definir rumos, partilhar estratégias, conjugar vontades, tendo sempre como pano de fundo as duas principais instituições na vida das crianças - a escola e a família - que muito têm a ganhar se souberem articular-se, desde que cada uma saiba respeitar o papel da outra.
Na semana passada, a Semana da Leitura foi pretexto para trazermos à escola alguns familiares dos nossos alunos, acontecimento que, para além do benefício óbvio da partilha, é sempre propiciador do estreitamento de laços entre as duas instituições.
Estiveram connosco Fátima Felício, avó do João Pedro Batista, que contou à turma do 1.º ano a história “A Garça e a Raposa”; Carla Rocha, mãe do Pedro Rocha, que leu a obra “A Menina Que Dormia a Sorrir”, de Isabel Zambujal, às turmas do 2.º e 3.º anos; e Laura Correia, avó da Ana Luísa e do António Correia, que apresentou à turma do 4.º ano a história “João Feliz”.
Os miúdos adoraram. Mas, mais importante que isso, foi o passo dado para o esboroar de mais um pouco do muro que ainda nos vai separando.
No fundo, muitos dos contributos mais importantes manifestam-se assim, discretos, para lá dos olhares das coisas óbvias. Obrigado.
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