sexta-feira, 22 de maio de 2009

OSGAS

Hoje de manhã, por volta das dez horas, a Teresa veio-me chamar, aflita: estavam duas osgas (ver foto) no cimo de uma das portas da escola! Indicou-mas com um ar de repugnância e receio, como se aqueles bicharocos fossem um potencial perigo para os nossos alunos. Tentei sossegá-la, dizendo-lhe que as osgas não fazem qualquer mal, antes pelo contrário, pois alimentam-se de insectos, mas não me deu muito crédito.
Às sextas-feiras os alunos do 3.º ano costumam trazer o Magalhães para a escola, a fim de se explorar, em conjunto, uma ou outra potencialidade do pequeno computador. Assim, juntou-se o útil ao agradável, e hoje à tarde o tema da pesquisa foi a osga. Para além do treino, pretendeu-se também combater certas ideias feitas que, de tão repetidas, se costumam transformar em verdades.



Animal do tipo dos cordados, da classe dos répteis, da ordem dos escamosos e da família dos Geconídeos, constituída por cerca de oitocentas espécies.
A osga comum, “tarantula mauritanica”, pertence a uma família de pequenos animais de configuração semelhante à dos lagartos, com a cabeça e olhos grandes e cauda grossa.
O corpo é arredondado e comprimido dorsoventralmente. A pele do dorso é granulosa.
A estrutura das patas das osgas é característica, tendo só dois dedos armados de garras, mas são todos muito compridos e revestidos de lamelas adesivas e uma quantidade grande de ganchos microscópicos.
A região dorsal e a cauda têm coloração pardo-acinzentada, com algumas manchas e barras transversais escuras.
Vive sobretudo nos troncos das árvores e nos edifícios velhos. É tão activa de dia como de noite, mas suporta mal o frio, razão por que passa o Inverno nos mais variados refúgios.
Alimenta-se, sobretudo, de insectos.
O período de acasalamento ocorre na Primavera. A fêmea é ovípara e normalmente coloca os ovos debaixo das cascas das árvores ou nas gretas dos muros.
O seu comprimento pode variar entre os 10 e os 15 centímetros.
Encontra-se no sul da Europa, noroeste africano e ilhas do Mediterrâneo.

Pesquisa efectuada pelos alunos do 3.º ano na Diciopédia

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2 comentários:

Luísa Braga disse...

Sou ima "apaixonada" por animais...Todos!
Só três me tiram o ar mais asqueroso de mim, Baratas, osgas e salamandras!!
É uma ideia prefeita de quando era menina, e no bairro onde vivia a minha avó elas enchiam as paredes ao sol e as avós dos meninos nos escondiam em casa e fechavam as portadas para que aqueles bichos não entrasem.
Até hoje pensava que eram venenosas como as salamandras,doravante vou tentar encara-las (se for capaz) como uma iguana ou lagartixa que tanto gosto!!
Obrigada aos meninos pela pesquisa e o esclarecimento.

ana paula disse...

Mesmo esclarecida que nada de mal nos fazem, confesso que continuo a manter a maior distancia possivel das osgas...e não só! Repteis comigo é uma relação dificilima...no verão é vê-las trepar pelas paredes brancas da casa e eu a correr a trancar tudo muito bem... que horror...acho bem que descubram tudo e esclareçam o mais possível, mas que é complicado para mim aceitar a sua existência, é verdade.Meninos não sejam medrosos e encarem isso tudo com naturalidade e aprendam cada mais sobre estes e outros "animais"