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Após o almoço o recinto da escola começou a ganhar um colorido fora do comum. No centro do terreno, habitual espaço de jogos e brincadeiras, começaram a estender-se toldos que, num ritmo cadenciado, começaram a receber a companhia de maçarocas e mais maçarocas, colhidas de véspera, prontas, depois de um ajeitar aqui e ali, para o cerimonial da desfolhada. Os alunos, entretanto, iam chegando, trajados como os egrégios avós. Mais de uma centena, pois desta vez, para além das quatro turmas da escola, também iríamos ter a companhia das duas turmas do Jardim de Infância.
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Já com todos a postos, foi dado o sinal de partida. E foi vê-los, miúdos e graúdos, num quase despique de desfolhar maçarocas. Estas, num amarelo bem torradinho, iam-se amontoando no meio, correspondendo ao afã da curiosidade de descoberta dos novéis desfolhadores.
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Enquanto a labuta avançava, alguns alunos iam recolhendo as folhas, que se iam acumulando, dando azo a que a cor preponderante do conteúdo dos toldos começasse a ter a mesma tonalidade. As maçarocas descamisadas começavam a reinar.
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Chegou então a hora da debulha. A princípio pareceu difícil, mas depois começaram a ganhar-lhe o jeito. E os grãos de milho começaram a soltar-se, enquanto as manifestações de júbilo se iam multiplicando. A malta estava mesmo em forma!
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O trabalho rendia e, já se sabe, quando as coisas correm bem, apetece sempre manifestar a satisfação da melhor forma. E as meninas do 4.º ano, num apelo irresistível, começaram a dançar, prendendo olhares e despertando sorrisos. A festa da desfolhada estava a ser linda!
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Mas, para a festa ser completa, faltavam as papas de carolo. Se estavam boas? Oh, se estavam! O ar de satisfação deles não enganava.
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No final os organizadores estavam cansados, mas plenamente compensados. É que uma escola quer-se viva e empreendedora, plenamente consciente dos desafios educativos. Só assim as coisas fazem sentido.
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Amanhã, se tudo correr bem, publicaremos mais imagens do evento.
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