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Cabeço da Argemela |
Empenhados em levantar a poeira de certas memórias que, infelizmente, se vão perdendo, os nossos alunos começaram a fazer a recolha de algum património imaterial. Fiquemos com um exemplar das primeiras recolhas, uma das várias lendas que se contam sobre a Argemela.
O cabeço da Argemela, situado no centro de um triângulo com os vértices nas povoações de Lavacolhos, Telhado e Barco, foi outrora habitado, como o comprovam os vestígios, ainda aí visíveis, de um castro que, segundo alguns, é de origem lusitana.
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No vale do rio Zêzere, na fronteira entre os concelhos do Fundão e Covilhã, existe um cabeço de elevadas proporções chamado Argemela. Ali construíram outrora um castelo, os Romanos ou os Mouros.
Nas faldas de uma colina sobranceira, na margem oposta ao rio, teve igualmente assento a residência de um rei godo, que lutou sem tréguas contra os invasores mouros.
Aconteceu que, certo dia, o rei godo teve de ausentar-se, deixando sem guarda a sua única filha, que era muito bonita. O mouro, aproveitando a ocasião, assaltou o solar do rei godo e raptou-lhe a filha.
O rei, ao regressar, e ao dar pela falta da filha, jurou vingar-se, o que, na verdade, nunca conseguiu. Constando-lhe que a filha fora morta e ouvindo vagamente os seus gemidos sem que pudesse precisar onde ela se encontrava, dizia, lamentando-se:
- No ar geme ela. Este desabafo do pai resultou na palavra Argemela, nome pelo qual é conhecido o referido cabeço.
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Recolha de José Pedro Tadeia - 4.º ano
Fonte: Contos e Lendas da Beira, de Jaime Lopes Dias
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- No ar geme ela. Este desabafo do pai resultou na palavra Argemela, nome pelo qual é conhecido o referido cabeço.
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Recolha de José Pedro Tadeia - 4.º ano
Fonte: Contos e Lendas da Beira, de Jaime Lopes Dias
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1 comentário:
Já li o teu texto e está muito
bonito.
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