terça-feira, 4 de novembro de 2014

A QUEDA DA FOLHA

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Na semana passada, o Bernardo trouxe folhas para a escola, numa sequência de tons outonais. Do verde vivo ao castanho, assim se pinta a "vida" de uma folha de outono.
Observaram-se as tonalidades e depressa foram surgindo ideias sobre as aventuras da queda de algumas folhas nesta época do ano...
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Era uma vez um menino que estava a brincar no parque. Folhas para aqui, folhas para acolá...
A certa altura, viu uma folha que estava prestes a soltar-se do velho carvalho onde vivia. E o menino disse:
- Não caias, não caias! O teu lugar é aí na árvore! E se caíres, espero que já te tenhas despedido dos teus amiguinhos!
Como já era tarde, o menino foi para casa mas ía preocupado com a folha.
Ele jantou à pressa, lavou os dentes e foi a correr para a cama.
No dia seguinte, depois da escola, foi novamente ao parque. Quando chegou, reparou que a folha já tinha caído da árvore. Ele reconheceu-a porque a folha tinha tons muito bonitos e tentou colocá-la novamente no carvalho. Como não conseguiu, acabou por ficar com ela e levou-a para casa.
Passado um dia, a folha já estava tão seca que o menino pensou que ela ía morrer. Tocou-lhe e... a folha estalou. Ele começou a chorar e foi dizer à mãe que tinha partido a folha e que era a folha mais bonita do mundo. Pediu à mãe se a conseguia arranjar, mas ela respondeu:
- Não, não sou capaz de te ajudar, as folhas não se arranjam. Quando elas se partem já não voltam a ser como eram!
- Mas porquê? - perguntou o menino.
- Porque é assim, eu não te sei responder! - disse a mãe.
Insatisfeito com a resposta da mãe, o menino foi buscar fita-cola para arranjar a folha. Ele fartou-se de cortar bocadinhos de fita-cola e colou-os cobrindo a folha como pôde.
Mas aquela ideia do menino apenas aguentou um dia.
Quando acordou, a folha já estava mais que desfeita, cacos e mais cacos, e o menino percebeu que já não podia fazer mais nada.
- Quem me dera que a folha pudesse viver de novo naquele carvalho... Quem me dera que ela me viesse visitar...
E começou a chorar. Uma lágrima caiu em cima dos pedacinhos da folha seca e o menino acabou por adormecer...
No seu sonho, o que ele tanto desejava tornou-se realidade e a folha ganhou novamente vida. Regressou ao carvalho e ali viveu ainda muitos anos...
 
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Texto: Diogo Monteiro - 3.º ano
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2 comentários:

Guilherme Duarte disse...

Que fixe Diogo muito bem.

Guilherme Duarte 3.ºano disse...

Parabéns Diogo por o texto.A folha deve ter agora muita vida de ter um grande amigo que está sempre ao seu lado.Diogo tu deves ter jeito de ser autor como o teu amigo Miguel.Espero que continues assim e isto também é para ti Miguel.Eu sei que gostas de escrever mas também não escrevas como a Alexandra que escreveu numas 4 folhas!Um dia tu vais ter talvez pelo menos umas 77 linhas!Boa sorte Diogo que tudo corra bem.