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Ilustração - Rodrigo Antunes - 4.º ano (em cima) e Beatriz Ribeiro - 4.º ano (em baixo)
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Estas cartas são especiais. Não é uma, nem duas, são cinco cartas, que são muito, mas mesmo muito, curiosas.
Uma vez, elas queriam saber o que acontecia se pusessem um chinelo na banheira com água. Mas isso são outras histórias... Agora, que já têm a noção da curiosidade delas, já podemos começar.
Num dia em que os donos da casa foram de férias, as cartas, como sempre com muita curiosidade, saíram da gaveta. Tinham uma lista grande de coisas para fazer, mas o que elas queriam era subir a um móvel e, quando o cão passasse por lá, elas montavam-no. Só que, para subirem, aquilo foi um desastre!
O Ás era o desastrado, o 5 de espadas era o gordo, o 3 de ouros era o forte, mas burro, a dama era a maluca e o 7 de ouros o inteligente. No meio da bagunça, cinco cartas a tentarem subir um móvel! Chega uma mosca e o Ás diz:
- Sai daqui, mosca gorda! És feia como o diabo!
A mosca desaparece e o Ás, ainda abananado, cai no chão muito feliz por a mosca se ter ido embora. Entretanto a dama meio maluca chega ao cimo do móvel e grita:
- Ó Ás, e ainda dizes que eu sou maluca. Cheguei cá acima primeiro que tu!
- Está calada, que já estou cheio de te ouvir - responde o Ás, levando uma mão à cabeça, preparando-se para escalar o móvel.
De repente a dama maluca escorrega e cai do móvel, mas continua a rir-se tanto que nem dá pela queda. O Ás tropeça nos próprios pés e tem que recomeçar a escalada. Entretanto, já no móvel, lá estavam, como sempre, o 7 de ouros e o 5 de espadas a discutir.
- Ah, podes ser uma espada, mas eu valho mais!
- Eu sou o número da sorte para o Gabriel!
Gabriel era o seu carinhoso e amado dono.
Eles tentaram chamar a atenção do cão de várias formas, mas nenhuma resultava. A dama continuava a rir-se que nem uma perdida enquanto os outros, em desespero, tentavam puxá-la para cima do móvel.
Lá conseguiram que o cão desse por elas. Enquanto jogavam à sardinha o cão aproximava-se cada vez mais. E, quando chegou, elas conseguiram prender-se no seu pelo.
Mas o cão, que não estava para brincadeiras, começou a saltar e a sacudir-se. As cartas tinham conseguido realizar o seu desejo, mas foi difícil. Ficaram quase todas enjoadas com os abanões do cachorro.
Pensavam que a mosca já não aparecia? Ah, ela ficou amiga do Ás, mesmo depois de ele a ter ofendido. E acabou por se juntar na viagem do cão, irritando-o ainda mais com o seu zumbido.
Texto: Francisco Mesquita - 4.º anoIlustração - Rodrigo Antunes - 4.º ano (em cima) e Beatriz Ribeiro - 4.º ano (em baixo)
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3 comentários:
Sei que o texto foi meu mas acho que as ilustrações estão muito boas e o texto também
Tens razão, Francisco, o vosso trabalho está muito bom.
Parabéns!
Está mesmo.
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