quinta-feira, 30 de novembro de 2017

CONSERVA DE AZEITONAS: O ESFORÇO EM BUSCA DA RECOMPENSA

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A vida é uma senhora de múltiplas vestes, plena de subtilezas, que adora desafiar, a toda a hora, as efémeras certezas com que povoamos o nosso dia-a-dia. E somos de tal forma convencidos que, de situação em situação, teimamos em afirmar a nossa convicção. A vida que, ao contrário de nós, tem todo o tempo do mundo, ri-se da nossa falta de humildade, do tudo querer num só dia, como se as coisas pudessem acontecer com um simples clicar de dedo.
Por aqui, escola que teima em remar da melhor forma, apesar da originalidade de levarmos dois edifícios a tiracolo, tentamos implementar práticas em que o conhecimento das coisas aconteça com naturalidade, com relatórios q.b., respeitando o grau de maturidade das crianças, de há muito relatado nos melhores compêndios. Com toda a naturalidade. E os alunos, ano após ano, vão tentando preencher o grande puzzle do conhecimento, peça atrás de peça, sem pressões, conciliando as exigências curriculares pré-estabelecidas com um olhar, forjado na prática, sobre aquilo que as rodeia. 
Hoje, dando seguimento ao processo da conserva de azeitonas, as quatro turmas, em momentos alternados, passaram pela experiência de retalhar e temperar. A seguir - foi-lhes explicado -  vem o processo moroso da mudança de água, que tem os seus quês, e só então, diluída a acidez num conveniente espaço temporal, as azeitonas estarão prontas para comer.
Hoje, dia friorento, numa atividade prática que procura dar forma e conteúdo à teoria, sem grandes sobressaltos, as azeitonas prosseguiram a sua sina, só culminada quando os alunos, ávidos de experiências novas, comprovarem, através do gosto, o resultado de toda esta azáfama.
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Nota - É de toda a justiça enaltecer o papel da Teresa, nossa assistente operacional, que suportou a maior parte do ónus da questão. E se estava frio!
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1 comentário:

Unknown disse...

Bem haja Teresa!
Um beijinho