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O Guilherme (à esquerda, companheiro de mesa do Rodrigo (à direita) |
Quando uma criança chega à escola, por mais vivências que traga a tiracolo, um novo mundo, mais complexo, se lhe depara. Uns, mais espontâneos, integram-se de imediato, mas há outros, contudo, que precisam de mais tempo para se soltar, até se sentirem completamente seguros no novo cenário.
A história já se passou há uns tempos, talvez a meio do primeiro período. O Guilherme, rapaz muito sossegado, talvez por se ver rodeado de alguns colegas mais faladores, começou também, ainda que timidamente, a fazer sentir a sua voz quando a altura não era a mais apropriada. Se, a princípio, até foi bom vê-lo começar a revelar-se, às tantas um "parece que estás a sair da casca" foi a expressão utilizada para lhe dizer que estava a exagerar.
Chegado a casa, e como era habitual, a mãe do Guilherme perguntou-lhe como é que ia a escola. A resposta, plena duma encantadora ingenuidade como só uma criança tem, foi lesta:
- Agora ando a sair da casca.
Eles, nesta idade, são incrivelmente únicos, sem dúvida.
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6 comentários:
Que marotos andam a sair da casca ?!?!?
Um apontamento delicioso.
Encantador "bater de asas" de quem, espontaneamente, ousa soltar-se, sem perceber, ainda, o alcance e a dimensão dos voos que se vão desenhando...
Encantadora partilha de quem está atento às mais simples e genuínas revelações e conquistas destes "passaritos"...
Por caso o Afonso tem razão.Ó Guilherme andas a sair da casca!?!?!?
Queria dizer acaso!
Porta-te bem, Gui!:-)
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