quinta-feira, 10 de março de 2011

GALARÓ, MEU AMIGO

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Continuação da história "Galaró, meu amigo", de António Mota
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Esse foi o começo duma profunda amizade. A velha Luciana ficou muito amiga do galo António e dava-lhe comida todos os dias: migalhas de pão, restos de comida, cascas de batata e de cenoura, couves. Dava-lhe muita comida.
Um dia, de lhe dar tanta comida, o seu quintal ficou sem couves, cenouras, batatas, cebolas, etc. Resumindo, passou fome. Passava os dias a pensar onde podia ir buscar comida. Pensou ir assaltar a casa de um agricultor da zona, mas era muito arriscado. Pensou em ir buscar o dinheiro ao banco, mas era muito velha para isso. Depois de tanto pensar, resolveu matar o galo António.
De repente ouviu uma voz:
- Não faças isso, o galo é teu amigo. Apagou-te o fogo na saia, picou as pernas dos assaltantes que te vinham assaltar, e é assim que lhe pagas?
- Quem és tu? - perguntou a velha.
- Sou a tua imaginação.
- Eu já não vou matar o galo. Vou jogar naqueles jogos da TV. O euromilhões.
E feliz da vida foi jogar.
Na sexta-feira não ganhou. Tentou 50... 51... 52... 53... 54 vezes. À quinquagésima quarta foi de vez, ganhou.
Modificou muito a sua casa. Na cozinha pôs um fogão de luxo, uma mesa de 1,5 m, um frigorífico americano, etc.
Ela dava todos os luxos ao galo. O galo teve muitos filhos e viveram nessa casa para toda a vida.
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Texto e ilustração de Madalena Madeira - 4.º ano
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