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O local é o mesmo de sempre. Situa-se nas primeiras baixas dum declive da Gardunha, paredes meias com a secular igreja, de traça românica, e de frente para a Estrela. Uma posição privilegiada, sem dúvida, entre duas belas serras, beneficiando do verdejante aconchego da primeira e, em simultâneo, dos horizontes da segunda. Estamos a falar do local da seara, lugar simbólico de comunhão de memórias e aprendizagens.
Quando chegámos a terra já tinha sido lavrada. Mas aguardava-nos algo de crucial, o ritual supremo: o lançar da semente. O pessoal da Junta de Freguesia, ciente do seu papel, cumpriu a preceito. E as sementes de trigo e de centeio, promessa de sobrevivência e aconchego, puderam exercer a função da sempre desejada e necessária esperança.
Os grãos, passando de mão em mão, tinham como destino a terra. Os alunos mais velhos, conhecedores deste mecanismo, já não estranhavam. Os mais novos, contudo, ficavam a olhar, espantados, para aqueles minúsculos grãos, incrédulos com a sua capacidade regeneradora. E surgiram as explicações, que serão cimentadas mais tarde, com novas vivências, noutras fases do ciclo do pão.
Semear, um verbo que todos deveríamos saber conjugar. Em todos os aspetos.
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3 comentários:
Nunca se vão esquecer de todo o processo que envolve o simples prazer de degustar um pão.
Têm imensa sorte por frequentar uma escola que além de tanto, ainda lhes ensina e mostra de onde surgem tantos alimentos e como depois se confecionam.
Estão empenhados durante todo o ano escolar a acompanhar os vários ciclos, como este do pão. Fantástico!
Demora muito mas recompenssa para o ciclo do pão!Delicioso!
Madalena Filipe
demora muito a fazer
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