terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O QUE É UMA CIDADE SUSTENTÁVEL?

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No âmbito do projeto "Sons da Gardunha", veio hoje à nossa escola a Dr.ª Ana Cunha, arquiteta da Câmara Municipal do Fundão, para falar do que é uma cidade sustentável. A sua presença foi atempadamente preparada com um "Guião de entrevista ao arquiteto", a que se juntaram outras questões que surgiram vindas de casa.
Foi uma hora fantástica. As questões foram sendo colocadas pelos pequenos entrevistadores e a arquiteta, sempre disponível e com uma amabilidade fantástica, não deixou ninguém sem resposta, procurando saciar as nossas curiosidades.
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Os nossos alunos estiveram à altura da situação e, com um comportamento irrepreensível, assimilaram e registaram todas as respostas que foram conseguindo captar. O ambiente e o aproveitamento dos recursos que este nos proporciona era o ponto principal.
Ficaram a conhecer novos projetos que poderão nascer em breve na nossa cidade, uma cidade que pretende ser amiga do ambiente. Afinal de contas tem à sua mercê uma maravilhosa serra que é a rainha da nossa terra.
E as questões? Eram tantas e o tempo foi tão curto…!

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No final, satisfeitos com o resultado, a fotografia de grupo para a posteridade
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Sérgio Martins
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5 comentários:

Sandra Louçano disse...

Gostei muito deste tema, e se me permitem os professores em presença e a colega Ana Cunha que dissertou sobre esta matéria, deixar o meu testemunho sobre o assunto.

Os aglomerados edificados, de caris urbano ou rural, hoje em dia podem ser convertidos em unidades de conjunto sustentável, por via da realização de obras de reabilitação urbana a levar de forma avulsa nos edifícios que a integram. Assim, as edificações com vista a obtenção deste titulo devem prever a colocação de materiais de isolamento exterior com elevado grau de eficácia ao nível do comportamento térmico nas zonas opacas das cobertura e dos paramentos das fachadas, devem prever a substituir das caixilharias de vidro simples por caixilharias de vidro duplo, ou colocação de caixilharia dupla pelo interior, e prever também a instalação de painéis solares ou painéis fotovoltaicos nas coberturas, com vista tirar proveito da energia solar para o aquecimento natural das águas quentes.

Oras, a implementação destas metodologias construtivas conferem à população as seguintes mais-valias:

1. Economia acentuada nas necessidades de consumo energético para aquecimento e arrefecimento dos espaços habitados;
2. Aumento da inércia térmica do interior dos edifícios, já que a totalidade da massa da parede da fachada se encontra disponível para acumular os ganhos internos de energia. Este facto traduz-se na melhoria do conforto térmico de Inverno, por aumento dos ganhos solares úteis, e também de Verão devido à capacidade de regulação da temperatura interior;
3. Aumento da insonorização do edifício, minimizando o índice de incomodidade ruidosa produzida no exterior ao “receptor sensível”;
4. Redução ou até mesmo eliminação das pontes térmicas lineares, permitindo um isolamento térmico sem interrupções nas zonas da estrutura e dos vãos das janelas e das portas.
4. Diminuição do risco de condensações no interior da parede. O sistema é impermeável à água em estado líquido, mas permite a passagem de vapor de água, facilitando a saída da humidade acumulada no interior;
5. Redução do peso das paredes e das cargas permanentes sobre a estrutura;
6. Diminuição da necessidade de ocupação de área útil no interior, já que a espessura necessária para o material de isolamento é transportada para o exterior;
7. Facilidade de utilização em reabilitação térmica de fachadas, já que os trabalhos são realizados sem ocupação dos espaços interiores;
8. Poupança energética e conforto interior;
9. Respeito pelo meio ambiente, uma vez que a energia utilizada no fabrico recupera-se em cerca de seis meses através da energia poupada nos edifícios onde é instalado/aplicado.

O novos edifícios a edificar, nos termos da legislação de enquadramento são obrigados desde já a implementar essas medidas na sua execução.

Por fim, compete ao arquitecto o papel criativo de conjugar estas metodologias construtivas nas obras de reabilitação urbana, de forma a não serem prejudicadas as características arquitetónicas originais dos edifícios existentes.
Na concepção das novas edificações, o papel criativo do arquitecto já não é condicionado. Nos dias de hoje existe uma vasta gama de materiais de isolamento e de revestimento que conjugadas com metodologias construtivas contemporâneas permitem a livre concepção plástica do edifício com elevado grau de beneficência energética.

AC disse...

Um excelente contributo, Sandra. Há aqui muito e bom "material" para explorar.
Obrigado.

Sandra Louçano disse...

Professor Agostinho, o prazer foi todo meu.
Estou-lhe muito grata por me permitir usufruir deste espaço educativo, onde os principais protagonistas são as crianças de idade, ainda tenra.

Os meus maiores e melhores cumprimentos,
Sandra

sergiom_ disse...


Felizmente, temos hoje as nossas crianças mais sensibilizadas para este tema.

O futuro está bem entregue.


Matilde disse...

Todos estivemos bem na fotografia e a senhora ajudou-nos a perceber o que é sustentável.