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Hoje, durante a manhã, quais formigas laboriosas, persistimos na encenação de "Na Rua da Minha Tia". Não tem sido fácil, conjugar e harmonizar noventa e tal crianças num só objetivo é tarefa quase hercúlea, quase de loucos. Mas nós, que acreditamos, teimamos em ir em frente, em corrigir, em adaptar, em repetir quase até à exaustão. Nossa, claro, que os alunos parecem estar a divertir-se, apesar de evidenciarem, a cada ensaio que passa, uma maior responsabilidade. E, verdade seja dita, a coisa começa a ganhar contornos mais definidos.
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Paralelamente aos ensaios, e agora num ritmo mais acelerado, os adereços também começam a ganhar forma. As flores, com uma quadra a tiracolo, já estão prontas. O guarda-roupa, mais coisa menos coisa, também já está a postos. As casas, contudo, ainda estão em fase de ultimação, faltando ainda pintar a fachada. E há ainda as cartolas para os declamadores, os microfones que ainda não estão assegurados, a distribuição de cartazes...
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Isto está a dar trabalho, ó se está, mas, felizmente, por aqui existe um alimento que não se vende em qualquer superfície comercial: a crença. E, apesar dos profetas do conformismo, nós acreditamos mesmo naquilo que nos move. É isso que dá sabor à vida.
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Nota: Os professores e assistentes operacionais estão a corresponder, da melhor forma, a este desafio. Aconteça o que acontecer, na próxima terça-feira - e vai correr bem, temos a certeza - este empenho já justifica, só por si, uma enorme satisfação.
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