A ARCA DE NÃO É

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Crescer tem que se lhe diga, mas em primeira instância implica, a pouco e pouco e de forma sustentada, conhecer o mundo que nos rodeia. Isso, por norma, faz-se com as pessoas que nos estão mais próximas - a família e os amigos - mas também com a escola, cada vez mais com um papel importantíssimo na educação das nossas crianças. Basta recordar, por exemplo, que a maioria dos alunos passa mais tempo com os professores do que com a família.

A turma do 2.º ano andou a estudar os animais, e uma das formas de cimentar as suas aprendizagens foi desafiá-los a que levassem para a escola aqueles que tinham em casa. Foi assim que recebemos a visita do Romeu, da Scolly, do Ginja, do Bruky, do Pintas, da Bia, do Riscas, do Snoopy, do Picasso, da Kika, do Fifi, do Ferb, do Phineas e da Sissi.

A interação foi compensadora por várias razões. Fica, no entanto, a ideia de que, sem se darem conta, os alunos adquiriram múltiplas competências, tanto ao nível do conhecimento como do respeito pelos animais.

Mas a vida não é só o que vemos à nossa frente, há muito ainda por perceber e explicar. E foi assim que, terminado o ciclo dos animais da Arca de Noé, surgiu o dos da Arca de Não É, em que o principal veículo para o seu desenvolvimento é a imaginação. Percebe-se, portanto, o aparecimento na aula de um livro de Miguel Neto, cujo título é, precisamente, A Arca de Não É. E foi vê-los a tomar contacto com a tubarixa, a jacaraca, o elefanhoto, a centurafa, a porcoleta, o abelhurso...

O maravilhoso sempre foi, e continua a ser, um dos elementos mais importantes na literatura para crianças, pois o seu simbolismo ajuda a resolver os conflitos normais nesta fase da vida. Foi, pois, com toda a lógica que os alunos foram desafiados a criar novos animais para a Arca de Não É. Disso vos daremos conta em próximos posts.

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