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Segunda-feira, perto das cinco e meia da tarde.
Os alunos saem da sala, após mais uma maratona de aulas, iniciada às nove da manhã. Cá fora as funcionárias dos diversos Tempos Livres aguardam, impacientes, pois ainda têm que passar por outras escolas. Alheia a tudo isto, a Ângela aproxima-se de mim e diz-me, contente:
- Hoje o meu pai faz anos!
- Então não te esqueças de lhe dar um miminho.
- Eu dou-lhe miminho todos os dias, professor!
E a Ângela vai-se embora, satisfeita, enquanto as suas palavras ressoam dentro de mim. Apesar do cansaço, os problemas do mundo tornam-se minúsculos e a luzinha do meu detector de pequenos sinais de esperança começa a piscar, devolvendo-me alguma da energia dispendida durante o dia.
Quando cheguei a casa, a luz daquela pequena pérola ainda brilhava.
É por esta e por outras que, apesar de tudo, continuo a adorar ser professor. Quando não existirem sinais de esperança numa sala de aula, por onde é que eles andarão?
Os alunos saem da sala, após mais uma maratona de aulas, iniciada às nove da manhã. Cá fora as funcionárias dos diversos Tempos Livres aguardam, impacientes, pois ainda têm que passar por outras escolas. Alheia a tudo isto, a Ângela aproxima-se de mim e diz-me, contente:
- Hoje o meu pai faz anos!
- Então não te esqueças de lhe dar um miminho.
- Eu dou-lhe miminho todos os dias, professor!
E a Ângela vai-se embora, satisfeita, enquanto as suas palavras ressoam dentro de mim. Apesar do cansaço, os problemas do mundo tornam-se minúsculos e a luzinha do meu detector de pequenos sinais de esperança começa a piscar, devolvendo-me alguma da energia dispendida durante o dia.
Quando cheguei a casa, a luz daquela pequena pérola ainda brilhava.
É por esta e por outras que, apesar de tudo, continuo a adorar ser professor. Quando não existirem sinais de esperança numa sala de aula, por onde é que eles andarão?
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