sexta-feira, 1 de maio de 2015

MÃE

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Gustav Klimt, Mãe e filho
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Quando chegava o verão
Sentavas-te
À tardinha
Debaixo da figueira
Onde a brisa
Suave
Anunciava
O rumor das cotovias
Então pegavas
Delicada
Na minha mão
E contavas
Baixinho
Era uma vez um potrinho
Que adormecia
Feliz
A ouvir
As histórias do vento...
Sentia-te perto
E o tempo
Adormecido
No cantar do ribeiro
Parava
Enlevado
Para nos ver
Assim eram os dias
No tranquilo paraíso
Em que desenhavas
Minuciosa
O crescer das minhas asas
E eu sentia
Maravilhado
O vigor do teu voar.

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Agostinho Craveiro
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3 comentários:


  1. Texto lindíssimo, Sr. Professor.

    Devia seguir o conselho do Tomas do 3º ano.

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  2. Parabéns PR. Agostinho

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  3. Belo texto sr. professor!

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